Descubro que posso produzir depois da meia noite e que a solidão pode ser a melhor parceira nas horas de trabalho. Que na verdade as madrugadas são um bálsamo para a mente inquieta e que o silêncio reverencia e dá boas vindas à inspiração.
Uma boa xícara de café e uma dose de motivação passam a ser os fiéis escudeiros de quem agora dedica-se às palavras.
Trabalhar com o que se gosta, fazer algo que traz realização é o melhor combustível para adentrar a madrugada em busca da frase perfeita, do tema interessante, da prosa e da poesia que pode ser encontrada na rua, no dia-a-dia, na pessoa parada na esquina, na criança brincando na praça, no sorriso de um amigo ou no abraço de um amor.
Descrever o que é belo, analisar o que se sente, contar uma história, juntar palavras e frases e transformar em poesia, em rima solta, em sentimento exposto e compartilhado.
Trazer o que aflige, desvendar o que nos gera curiosidade, afastar o que nos causa medo e mitigar o que nos causa espanto.
Ser protagonista da própria história, guiar os próprios passos e reconhecer as próprias dificuldades, sem nunca perder a serenidade e o encanto por aquilo que nos torna humanos: o reconhecer-se frágil, com defeitos, com medos e, paradoxalmente a tudo isso, descobrir-se com uma força inesgotável de superação. Buscar a felicidade e realizar-se enquanto pessoa. Eis o sonho que todos nós acalentamos.
Se estou me repetindo, me perdoem. É que ser feliz merece bis. Merece repeteco. E é um direito de todos.
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