sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Das pessoas e das redes sociais

Aconteceu comigo na semana passada. Compartilhei um link de um texto no facebook. Nada demais, nenhum tema polêmico, contraditório ou moralmente relevante, algo envolvendo mulheres, o passar do tempo e queijo gorgonzola.
Ocorreu que um contato de minha rede social postou um comentário contendo uma opinião divergente da minha, o que obviamente resultou em um comentário meu dizendo que eu não concordava com sua posição, expus meu motivos para tanto e esperei sua resposta. Que não veio. Dias depois me dei por conta que tal criatura havia provavelmente me excluído de sua lista de contatos. Fácil assim, se você me contraria eu te excluo.
Mas então porque a exposição de ideias senão com o propósito de estimular o pensar, o debate, a troca de informações, de opiniões, de posições? É muita ingenuidade (ou egocentrismo?) acreditar que após emitir uma opinião, ainda mais em uma rede social, todo mundo irá concordar com você ou, ainda, que ninguém será compelido a emitir sua própria opinião, mesmo que esta seja contrária à sua.
Eu, que sempre fui muito democrática, acredito que a escolha em participar de redes sociais está intimamente ligada ao compartilhamento de ideias, opiniões, ideais, convicções,  e não somente o compartilhamento de imagens, de fatos vazios ou ilusões vivenciadas no mundo virtual. Porque nesse espaço às vezes temos a impressão de que não existe tristeza, solidão, ou ainda, de que não há falta de dinheiro ou de festas e amigos.
Você tem o direito sim de expor o que você quiser, o que você bem entender e o que te deixar a vontade com você mesmo, mas deve ter a certeza de que nem todos irão gostar, "curtir" ou se identificar e isso poderá ser demonstrado, e certamente será. Pois, até que se prove o contrário, trata-se de um espaço democrático e livre, mesmo que por vezes os seus usuários esqueçam da ética ou da boa educação.
Nas redes sociais uma das saídas em casos assim pode ser, sim, a exclusão de quem te contrariou. Mas na vida real, acredite, a exclusão não é a melhor e nem a mais fácil da opções.

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