Na última revista Cláudia, recebida ontem, me deparei com uma frase: eu não quero estar sempre certa. Eu quero é ser feliz. Isso veio muito a calhar, pois eu também não quero estar sempre certa, eu quero é ser feliz. Eu não quero estar dentro das estatísticas. Eu quero é ser feliz. Eu não quero atender somente às expectatitavas dos outros. Eu quero é ser feliz. Eu não quero ter um emprego só para ter uma renda. Eu quero é ser feliz. Eu não quero ser julgada pelo que eu sou. Eu quero é ser feliz.
Eu já quis ser tantas coisas. Cientista, atriz, jornalista, professora, diretora de cinema, roteirista, juíza, advogada, e nos momentos mais insanos, uma celebridade, uma figura notória, daquelas que não conseguem andar na rua. Mas uma coisa sempre me acompanhou. Independente da profissão que eu escolhesse, uma certeza eu sempre tive: vou ser também escritora.
Seguindo uma linha reta muito bem traçada, fiz direito, me formei, advoguei, estudei, não passei em concursos. Isso me frustou? Sim, com certeza. Não me identificar por completo com a profissão que eu havia escolhido foi um fato muito difícil de ser digerido. Para mim e para os mais próximos que me rodeiam e me questionam: mas e você não vai voltar a advogar? Não vai voltar a trabalhar?
Demorou muito, mas eu consegui admitir. Não, não vou. É uma profissão linda, gratificante, mas que te exige não somente uma técnica e conhecimentos apurados, mas uma entrega vocacional que eu já não encontrava em mim mesma. Talvez nunca encontrei. Alguns irão dizer, eu sei, que estou em uma situação privilegiada, que efetivamente trabalhar para ganhar dinheiro não é um problema. Mas trabalhar é somente isso? Ou trabalhar é fazer algo que você realmente gosta, se satisfaz e é recompensado, seja em dinheiro ou em reconhecimento?
Como eu disse, eu quero é ser feliz. E hoje, além de toda minha felicidade familiar, porque sim, tenho uma família maravilhosa, uma filha linda e um marido companheiro e que eu amo muito e sou amada, eu quero sim me sentir completa, reconhecida e realizada. E isso eu venho alcançando nas ultimas semanas. Escrevendo. Para alguns um suplicio, para outros algo nada interessante ou meramente uma obrigação. Para mim, minha realização. Minha paixão. Minha motivação. Minha profissão.
É para vocês que eu escrevo. Blogueira, escritora, poetisa, o que quiserem. Eu quero é ser feliz. E fazer os outros felizes. Porque todo mundo precisa descobrir: o que te faz feliz?
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