Hoje inicio um espaço no Comedora de Palavras. Um compartilhamento de textos de amigos, conhecidos ou qualquer pessoa que tenha chamado minha atenção através das palavras.
Esse texto é de autoria de uma grande e querida amiga: Marina Dias Poletto, médica, mãe da fofíssima Elisa, esposa do Mauro e primeira dama do município de Xavantina-SC, podre de chique. Mas antes de tudo, uma criatura extraordinária, que conheço desde quando brincávamos de bonecas, com uma personalidade forte e linda. Originalmente ela postou esse texto no face e eu achei interessante dividir aqui neste espaço. Palavras fortes porém extremamente verdadeiras, assim como minha amada amiga. Porque todo mundo precisa saber e lembrar que o hoje é o dia mais importante de toda a nossa vida.
"Há dois meses, uma grande amiga minha perdeu uma grande amiga dela... (confuso,mas é isso mesmo).
Passados uns dias após a perda, fomos ao cemitério levar lírios, flor preferida da grande amiga da minha grande amiga...e entramos após,em uma discussão sobre rituais de morte.
Pedi a ela que, quando for a minha vez, se eu partir antes, que eu não quero flores no meu túmulo. Que eu não quero missa de primeiro, sétimo ou milésimo dia. Não se preocupem com a roupa que eu serei velada, aliás....nem precisa me velar...E, pensando bem....eu nem quero um túmulo...
Façam comigo o que quiserem... Doem todos os meus órgãos, doem o meu corpo para uma faculdade de medicina, façam uma fogueira, um ritual satânico, ou o que for.
Mas por favor...não chorem, quando eu me for, lágrimas de culpa.Não falem que eu farei falta, ou que eu era uma "pessoa boa".
Me tragam flores hoje, numa quinta-feira ensolarada. Mandem rezar uma missa para que minha vida ande na linha... mas enquanto ainda há vida...Escolham uma roupa para irmos a uma festa.
Me mandem um sms dizendo que sim, eu faço falta... Um sinal de fumaça mostrando que sou lembrada.
Só isso.
Eu não quero rituais de morte.
Eu quero rituais de vida."
Lindo, Clau!
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